De novo o velho novo
Escrevi esse texto há duas semanas, já estava desistindo de publica-lo, apenas escrevi e se alguém se identificar espero que sirva para ajudar em algo...
Era um daqueles dias intermináveis, parecido com tantos outros. Resolvi ir à rua, comprar um maço de cigarro, daqueles finos longos... Se for para voltar a fumar, fumarei com estilo, pensei. Voltei para casa, sentei no sofá, liguei a televisão (eu nunca ligo a televisão!) quase ao mesmo tempo liguei o computador. Queria escrever, colocar para fora algo que me sufocava, mas escrevo por prazer e naquele momento era quase uma obrigação, um costume... Fui para o terraço da minha casa, levando o maço de cigarro. Ventava muito, e meu cabelo voava no rosto. Acendi o cigarro com dificuldade por causa do vento. Traguei com gesto que é comum aos fumantes, seguido de um longo pensamento... Não, o gosto não era o mesmo que foi um dia, era um gosto ruim. Certifiquei-me naquele momento que esse vicio, tinha ficado para trás... Mas continuei a fumar...
Entre os prédios do centro do Rio de Janeiro, há frestas que se podem ora ver o mar, e dependendo do local, o famoso morro chamado pão de açúcar, no meu caso ali, dava para ver um pedaço da ponte Rio – Niterói. Os pontinhos passavam por ela e mesmo muito longe pensava em cada mente, dirigindo cada carro que passava, cada mundo que habita um ser. O mundo anda muito habitado, aonde vai se enfiar tanta gente? Tantos pensamentos... E como boa aquariana que sou já pensava em quatro coisas ao mesmo tempo e cem anos à frente. Olhei para o chão que pisava e me deparei com Shiryu, que me olhava fixamente com seus imensos olhos amarelos. Sabia que ele estava me pedindo algo para comer ou algum carinho, mas preferi acreditar que ele me entendia, afinal alguém tem que me entender, mesmo que seja meu cachorro! O cigarro acabou e o vento bagunçava meu cabelo, sai do terraço, joguei o maço cheio de cigarros no lixo.
Uma saudade inexplicável de algo que não sabia o que era. Abri uma parte do armário embutido onde guardo coisas antigas e vi meus diários de adolescência, livros, fichários e minha antiga pasta empoeirada no canto. Eram rascunhos antigos de desenhos que não mexia há alguns anos... Ali sentada comecei a desenhar, e tudo me veio à tona. Abandonei as coisas e vivi um mundinho fechado em que as coisas que gostava ficaram do lado de fora. Não quero mais agir assim!
A maternidade muda a vida de uma mulher, mas o tempo passa tão depressa, que quando me dei conta já havia me anulado...
FAÇA por você e nunca por ninguém!
3 Comentários
Oi, Fabi.
ResponderExcluirEntão o tempo passa e de repente uma torrente de lembranças nos pega de surpresa. E constatamos que tudo poderia ser diferente.
E poderia mesmo. Como amanhã pode ser diferente. Como muitas coisas podem ser diferentes. E serão, nada é igual o tempo todo, seja por nosso desejo, seja pelo imponderável...
( eu mesmo me esforço para pensar assim, tentando ser otimista, o que não é muito comum rsrs)
Bjs! E que essa confusão com a BROI se resolva logo.
nossa,realmente dá para refletir bastante com ese post! O_O
ResponderExcluirTem 2 selinhos pra você em meu Blog!
www.girlzthecrazy.blogspot.com
Oi Menina Desbocada.
ResponderExcluirNossa parece que eu que estava ai. Entrei no seu texto que nem o Bob (do Fantástico Mundo de Bob).
Profundo.
Beijocas
Me conta sua história ou o que achou da minha