O Viradão Carioca, o argentino e a consciência política.
Como alguns poucos sabem minha vida social anda meio morta (meio é bondade minha, ela inexiste!) sabendo dos shows que estão rolando na cidade do Rio de Janeiro, resolvi me divertir um pouco.
Usando a ferramenta já conhecida por todos MSN combinei com minha amiga Carol e seu namorado Ênio de irmos ao tal Viradão Carioca, uma espécie de shows mútuos que estão rolando por aqui na cidade. Ao chegarmos no palco da Cinelândia perguntei a Carol:
- Mas o que é na verdade esse evento? Qual o motivo da comemoração?
Carol me respondeu seriamente:
- É um evento organizado pelo prefeito para dar alegria a população e nos fazer esquecer as merdas acontecidas nos últimos dias.
Respondi prontamente: - ahaaaa táááá...
Enfim, resolvi aproveitar o pão e circo e naquele momento não deixei minha consciência política falar, me deixei levar pela maravilhosa organização cultural de fundo macabro: Ludibriar a população.
Já na Lapa, apresentava-se grupos de RAP, liga de mc´s, sei lá... Me senti um peixe fora d'agua. O povo todo sabia cantar as músicas! Até o Ênio sabia, menos eu e Carol.
Carol disse no mesmo tom irônico de cima:
- Estamos ficando velhas Fabiana! O povo canta e "nóis" não sabe cantar Fabiana!!!
Então respondi: - Ora! Balança a cabeça e canta só o final da musica!
E assim foi um festival de: - Koé é é é, dignidade ade ade ade, igualdade ade ade ade... acho que conseguimos nos infiltrar bem...
E dá-lhe vinho!
A certa altura do "campeonato" encontramos Heron, famoso na Lapa e recintos do Heavy Metal. O papo que rolava era esquisito, principalmente para os meninos ali presentes, era um tal de fio terra para lá e para cá, papos esses que só o vinho proporciona, lembramos do Argentino.
Você sabe a história do Argentino?
Pois é história essa narrada por nosso amigo Heron. Que ajudou um amigo argentino a ficar no Brasil e por final abre uma porta, dá de cara com o tal amigo Argentino de quatro sendo deflorado ( ou arrombado) por um homem. Fazendo sinal de sair disse o Argentino para Heron:
- Derpoi tehhhh erplico!!!
Heron fechou a porta e nunca mais quis ver o tal amigo e suas explicações ilógicas... Rsrsrs...
Ao caminho para a Praça XV, precisei ir ao banheiro químico. Que PQP, aquilo é esquisito demais! Ora bolas, se é sabido por todos, que mulher nenhuma vai sentar em lugar algum para fazer o seu xixi, por que não fazer algo mais apropriado para a situação? Eu tenho só de perna 1 metro e tal... Junte isso aos copos de vinhos bebidos e já viu no que deu! Me senti uma acrobata do Cirq du soleil!!! Sim eu tenho uma pseudo-inveja peniana...
Dentro do banheiro escutava Ênio do lado de fora discutir com carol: - Não! No meu anus nãoooooo!!! ( o que será que eles discutiam?)
Enfim, um resumo, pelo menos das partes que estão legíveis na memória da minha fuga pelos eventos no Rio de Janeiro.
4 Comentários
Esses argentinos não me enganam! Foram eles que criaram um tipo de torcida conhecida como "barra bravas", em que todos os torcedores ficam encostadinhos um no outro perto do alambrado. Quando sai um gol é um tal de macho rolando por cima de outro, encoxa aqui, mão ali...
ResponderExcluir"Viradão Carioca" deve ser uma espécie de "Virada Paulista"ou coisa parecida: shows no centro da cidade de diversos artistas. Em Salvador tem um tal "Espicha Verão" com uma proposta muito boa: os shows deste ano foram feitos em um palco flutuante no mar, próximo à praia do Porto da Barra. O meu sonho era colocar naquele palco todos esses cantores e cantoras de axé e pagode, bater uma ventania e esse palco ficar à deriva em alto-mar por um bom tempo até eles irem parar lá na Islândia e serem engolidos por algum vulcão!
Mas sempre rola uma grana boa para esses artistas, que dizem "ser um prazer" participar dos shows. Acredito, claro. Bom, uma das atribuições do Estado é também o lazer, mas sem esquecer do essencial. E como o essencial é esquecido/desprezado...
Ao menos você movimentou sua vida social...rs
Bj!
Em primeiro lugar, obrigado por postar informações sobre o viradão cultural carioca no ultimo dia. O que deixou-me impossibilitado de apreciar qualquer manifestação musical.
ResponderExcluirEm segundo, já é sabido do povo brasileiro a capacidade de anestesiar as perdas, dores, frustrações com uma "BAGUNCINHA" sorrateira que nos distrai. Copa, Show, Carnaval..
E agora chega...
Não há mais o que comentar, certo?
Vou apreciar minhas frustações em formas de texto e disfarçá-las na 3ª pessoa ....
Até...
Oi desbocada,
ResponderExcluirSobre sua vida social...não ligah não.Minha vida social foi embora a tanto tempo,que nem me lembro mais dela...saudades
Mas como vc tbm fui ao tal evento... e me diverti bastante,mas não fiquei por muito tempo...enfim.É bom o governo investir no entreterimento do povo,mas...se o resto tivesse sido resolvido não acha?
Cara...tava comparando o Rio com Hiroshima...sabe?A cidade destruida pela bomba átomica,aquela q nada creceria até uns 70 anos?Pois bem...ela hj é uma cidade super esenvolvida,e tem transporte público de primeira qualidade...bem...e nós?Nós sempre tivemos situações "favoraveis",mas nunca nos desenvolvemos.Pq?Pq os politicos roubam e a população gosta de ser alienada...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Rindo horrores com a pseudo-inveja peniana [que também tenho nesses momentos inusitados] e com a idéia incrível do Jaime, adorei! UASUAHSUAHUAHSUHSU!
ResponderExcluirMas é isso, no nosso país a política do pão e circo funciona bem, afinal a maioria cai nela feito patinho, como diria meu ídolo, Humberto Gessinger: "Triste destino, engolir sem mastigar...chuva de containers"...E define a situação mais ainda no refrão: "Falta pão- o pão nosso de cada dia. Sobra pão- o pão que o diabo amassou!" E olha que essa música foi composta há duas décadas atrás, hein....como sempre, pouca coisa muda. Muito $ gasto com inutilidade, que tem como função única aumentar ainda mais a alienação do povo. E a sua frase final fechou com chave de ouro! Vamo acordar, gente, PELO AMOR DE DEUS! =S
Muito pertinente o seu texto, Fabi, parabéns! =)
Me conta sua história ou o que achou da minha